Há 20 anos atrás quando se falava em adestramento de cães, logo as pessoas associavam ao trabalho de guarda e proteção. Ainda existem muitas pessoas que pensam que um cão adestrado é um cão de guarda e proteção ou um cão que sabe realizar truques dignos de um animal de circo. De fato, alguns profissionais da área visando o resultado final para mostrar ao cliente, treinam o cão a realizar tais truques, o que na verdade se chama amestrar. É importante salientar aos donos que as práticas do adestramento são muito mais abrangentes e úteis, e vão além do: “senta”, “deita”, “dá a pata” e “finja-se de morto”.
Sempre pergunto para as pessoas que me procuram se elas têm claro para elas mesmas as regras que desejam que o seu cão siga dentro e fora de casa. Grande parte das pessoas têm dificuldades de elencar essas regras ou crêem que isso não seja tão importante quanto ensinar o cão a sentar, deitar, rolar, etc. Antes de adestrar ou de treinar um cão, se faz necessário educá-lo e fazer com que ele respeite as ordens do dono, ou seja, a educação é um processo que se inicia desde o primeiro dia do filhote em casa, indicando o local correto de fazer as suas necessidades, colocando limites do que é permitido fazer e do que não é, acostumando-o em vários ambientes diferentes e dependendo da função desse cão, socializando-o com outros cães. Por isso é tão importante os donos e a família dialogar sobre as expectativas de adestrar o seu animal e para quê? É muito comum quando me ligam e colocam: “eu tenho um Pastor Alemão ou Rotweiller e quero que ele seja bravo, proteja meu patrimônio, mas não ataque os meus parentes e amigos que frequentemente estão por aqui”. Primeiro eu deixo claro para essa pessoa que nem todo pastor e nem todo rotweiller nasceram aptos para essa função, segundo, para um cão de proteção patrimonial é extremamente conflitante ter que discriminar que as pessoas que frequentemente visitam a sua casa, não são estranhos e não devem ser mordidos. Um cão de defesa pessoal deve sim respeitar todas as ordens do seu condutor, mas um cão de proteção patrimonial deve ter autonomia para resolver enormes conflitos que podem aparecer durante uma invasão em seu território. Por isso eu não acho muito interessante um cão de proteção patrimonial ser extremamente obediente, pois isso prejudica sua autonomia, tornando-o muito dependente do seu dono. Não quer dizer que ele não deva obedecer ao seu dono, ele deve obedecer sim, mas não deve obedecer aquilo que é o oposto da sua função e treinamento, só porque, as visitas são familiares do dono ou amigos. Geralmente a visão que se tem do adestramento, acaba sendo uma visão muito hollywoodiana da coisa. O profissional que desmistifica essas fantasias aos donos e conscientiza os mesmos da importância do envolvimento deles antes de iniciar o treinamento, está sendo ético com a profissão, com o cão e com os donos. É muito comum que o proprietário projete no adestrador a solução dos problemas de comportamento do seu cão. Em alguns casos, o proprietário compreende que a solução desse conflito encontra-se na relação que ele estabeleceu com o seu cão ao longo desses anos e que, o adestrador irá praticar novas posturas de relação com o seu cão e irá orientá-lo para que os problemas se minimizem ou desapareçam. Nesses casos, o sucesso é garantido.
Em muitos casos, o dono inicia o treinamento, mas gradativamente se ausenta dos treinos e em outros casos o dono só participa no dia que o adestrador está treinando o seu cão, mas durante a semana não pratica nada do que está sendo aprendido e pior, continua com as mesmas posturas que levaram o seu cão a ter problemas de comportamento. Em casos assim, a resolução desse conflito nunca chegará e o dono irá culpar o adestrador.
O adestrador é uma chave importante no processo de treinamento, orientação e desenvolvimento de um cão. Porém, sem a transformação das pessoas que diretamente convivem com o cão, o seu trabalho acaba não tendo sentido.
Lembrem-se, um cão não é um robô, ele é um animal social que necessita de vínculos afetivos. Escolher não participar das novas aprendizagens do seu cão por um profissional da área é também banalizar a profissão e escolher continuar com as mesmas posturas e vínculos que o levaram a buscar ajuda.
Sempre pergunto para as pessoas que me procuram se elas têm claro para elas mesmas as regras que desejam que o seu cão siga dentro e fora de casa. Grande parte das pessoas têm dificuldades de elencar essas regras ou crêem que isso não seja tão importante quanto ensinar o cão a sentar, deitar, rolar, etc. Antes de adestrar ou de treinar um cão, se faz necessário educá-lo e fazer com que ele respeite as ordens do dono, ou seja, a educação é um processo que se inicia desde o primeiro dia do filhote em casa, indicando o local correto de fazer as suas necessidades, colocando limites do que é permitido fazer e do que não é, acostumando-o em vários ambientes diferentes e dependendo da função desse cão, socializando-o com outros cães. Por isso é tão importante os donos e a família dialogar sobre as expectativas de adestrar o seu animal e para quê? É muito comum quando me ligam e colocam: “eu tenho um Pastor Alemão ou Rotweiller e quero que ele seja bravo, proteja meu patrimônio, mas não ataque os meus parentes e amigos que frequentemente estão por aqui”. Primeiro eu deixo claro para essa pessoa que nem todo pastor e nem todo rotweiller nasceram aptos para essa função, segundo, para um cão de proteção patrimonial é extremamente conflitante ter que discriminar que as pessoas que frequentemente visitam a sua casa, não são estranhos e não devem ser mordidos. Um cão de defesa pessoal deve sim respeitar todas as ordens do seu condutor, mas um cão de proteção patrimonial deve ter autonomia para resolver enormes conflitos que podem aparecer durante uma invasão em seu território. Por isso eu não acho muito interessante um cão de proteção patrimonial ser extremamente obediente, pois isso prejudica sua autonomia, tornando-o muito dependente do seu dono. Não quer dizer que ele não deva obedecer ao seu dono, ele deve obedecer sim, mas não deve obedecer aquilo que é o oposto da sua função e treinamento, só porque, as visitas são familiares do dono ou amigos. Geralmente a visão que se tem do adestramento, acaba sendo uma visão muito hollywoodiana da coisa. O profissional que desmistifica essas fantasias aos donos e conscientiza os mesmos da importância do envolvimento deles antes de iniciar o treinamento, está sendo ético com a profissão, com o cão e com os donos. É muito comum que o proprietário projete no adestrador a solução dos problemas de comportamento do seu cão. Em alguns casos, o proprietário compreende que a solução desse conflito encontra-se na relação que ele estabeleceu com o seu cão ao longo desses anos e que, o adestrador irá praticar novas posturas de relação com o seu cão e irá orientá-lo para que os problemas se minimizem ou desapareçam. Nesses casos, o sucesso é garantido.
Em muitos casos, o dono inicia o treinamento, mas gradativamente se ausenta dos treinos e em outros casos o dono só participa no dia que o adestrador está treinando o seu cão, mas durante a semana não pratica nada do que está sendo aprendido e pior, continua com as mesmas posturas que levaram o seu cão a ter problemas de comportamento. Em casos assim, a resolução desse conflito nunca chegará e o dono irá culpar o adestrador.
O adestrador é uma chave importante no processo de treinamento, orientação e desenvolvimento de um cão. Porém, sem a transformação das pessoas que diretamente convivem com o cão, o seu trabalho acaba não tendo sentido.
Lembrem-se, um cão não é um robô, ele é um animal social que necessita de vínculos afetivos. Escolher não participar das novas aprendizagens do seu cão por um profissional da área é também banalizar a profissão e escolher continuar com as mesmas posturas e vínculos que o levaram a buscar ajuda.
Autor: Ivan Chitolina
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