terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Dicas de Primeiros Socorros em Cães.


Esse é um assunto muito extenso e irei me basear em situações mais comuns de ocorrência.O texto a seguir foi retirado do livro: "Primeiros Socorros para Cães", do autor: Bruce Fogle. Editora: Nobel

O que fazer primeiro: os princípios básicos dos primeiros socorros.

Em caso de emergência, faça um rápido exame no cão, o que é importante para que suas decisões e o tratamento dado à emergência sejam corretos. Quando seu cão estiver bem disposto e saudável, proceda da seguinte forma:

- Imobilize-o
- Cheque a frequência e o ritmo respiratórios
- Cheque o pulso e a frequência cardíaca
- Procure sinais de choque

Mande o cão sentar ou ficar em pé para cada sessão do exame, a fim de simplificá-lo ao máximo. Não tente realizá-lo todo em uma sessão. Lembre-se de recompensar a obediência do animal com uma guloseima, um carinho ou elogio. Gratifique-o após cada etapa.

Após ter realizado um exame emergencial breve, mas minucioso, talvez seja necessário ministrar primeiros socorros, cujos principios básicos são:

- Fazer respiração artificial
- Fazer massagem cardíaca (ressuscitamento cardiopulmonar ou RCP)
- Limpar ferimentos
- Aplicar ataduras, talas, torniquetes e colares elisabetanos
- Levantar e transportar cães doentes ou feridos

Monitorando a Respiração

Normalmente, o cão respira de dez a trinta vezes por minuto. Raças de pequeno porte e cães jovens respiram mais rapidamente do que os de grande porte ou adultos. A frequência cardíaca aumenta extraordinariamente após a realização de exercicios ou brincadeoiras (consequentemente a temperatura corporal do cão também aumenta, colocando o cão em risco, por isso a importância de não exercitar o cão em horários muito quentes).

1-Quando o seu cão estiver relaxado, verifique quantas vezes ele respira em vinte segundos. Conte somente as inspirações ou expirações, não ambas; multiplique-as por três para saber qual é a frequência por minuto.
2- Se seu cão for peludo ou respirar tão levemente a ponto de ser impossível notar o movimento de seu peito, segure um pedaço de tecido em frente ao focinho para sentie a respiração do seu cão.
3-Como alternativa, coloque uma das mãos sobre o peito do cão e sinta os movimentos durante vinte segundos e multiplique-o por três.

Tomando o Pulso e Monitorando o Coração

A frequência cardíaca de um cão varia de 60 a 160 batimentos por minuto. Cães atléticos e de grande porte apresentam frequências mais baixas do que cães pequenos e filhotes, cujas frequências podem chegar a 200 batimentos por minuto. Calcule e registre a frequência cardíaca de seu cão quando em repouso.
A frequência cardíaca aumenta rapidamente com excitação e exercícios e também quando o animal sente dor, tem febre, encontra-se em estágios iniciais de choque, foi envenenado, mordido, sofreu choque elétrico ou está tendo paradas cardíacas.

Para sentir a pulsação:

1-Pressione o tórax com firmeza, especialmente no caso de cães com excesso de peso ou que possuam uma pelagem densa, e mova a mão até sentir a pulsação.
2-Cães de pequeno porte. Pressione suavemente o peito atrás dos cotovelos para sentir e contar a frequência cardíaca.
3 -Localizando o pulso. Pressione a ponta dos dedos no leve sulco existente na perna ("virilha"). Sinta o pulso, se pressionar demais não poderá senti-lo.

Conte os batimentos durante vinte segundos e multiplique-o por três para saber qual é a frequência por minuto.

Choque

Os sinais de choque são os seguintes: gengivas descoradas ou brancas, frequência cardíaca rápida, superior a 150 batimentos por minuto, e uma frequência respiratória de mais de trinta respirações por minuto. Qualquer que seja a emergência , sempre esteja atento aos sinais de choque.

Os sinais de choque nos primeiros estágios são:

-Respiração mais rápida do que a normal
-Frequência cardíaca mais rápida do que a normal, quando em repouso
-Gengivas descoradas ou rosa-claro
-Inquietação ou ansiedade
-Letargia ou fraqueza
-Temperatura retal normal ou um pouco abaixo do normal.

Os sinais de choque em estágio avançado são:

-Pulsação irregular
-Gengivas muito descoradas ou azuladas
-Ausência de reação
-Fraqueza extrema e inconsciência
-Temperatura corporal muito baixa, inferior a 36,5 graus

Modere os efeitos potencialmente violentos do choque agindo da seguinte maneira:

1-Deite o cão de lado, com a cabeça estendida
2-Erga a parte traseira do animal usando travesseiros ou toalhas
3-Estanque qualquer hemorragia evidente fazendo pressão com uma compressa absorvente ou, se necessário, aplicando um torniquete
4-Faça respiração artificial ou massagem cardíaca, se necessário
5-Evite perda de calor corporal cobrindo o cão com um cobertor aquecido
6-Leve o cão ao veterinário mais próximo, imediatamente. Se o cão estiver em choque profundo, mantenha-o deitado com os membros elevados acima do nível do coração
7-Não ofereça nada para comer ou beber
8-Não permita que o cão, se consciente, fique perambulando

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