Quando se fala em cães de guerra, inevitavelmente estamos falando de cães de trabalho. Mas o que vem a ser um cão de trabalho? De forma geral, pode-se dizer que é um cão treinado para executar uma especifica função útil ao homem. As funções dadas aos cães de trabalho, variam desde cães de proteção pessoal, territorial, busca e resgate, a, cães guia-cego, cães que atuam como co-terapeutas na terapia assistida por animais, etc. São muitas as funções que podem ser dadas para os cães realizarem, porém, é importante salientar alguns erros comuns na interpretação geral sobre cães de trabalho, por exemplo; se determina se o cão é de trabalho ou não, de acordo com a sua raça, ou seja, se um Pastor Alemão é utilizado para proteção patrimonial, logo, todos os Pastores Alemães terão aptidão para tal serviço. Esse é um erro comum da maioria de donos de cães e por incrível que pareça de muitos treinadores também. Frequentemente escuto histórias sobre treinadores que acabam projetando nesse individuo canino essa determinação da função pela raça e o colocam em situações de stress e conflito tão grande que acabam perdendo o cachorro para aquela função. Em outras palavras, transportam todo o peso da raça para aquele individuo canino e o pressionam a tal ponto, que dificilmente ele irá exercer aquela função e terá dificuldades de exercer inclusive outras. Em qualquer cão, seja de trabalho ou não, é necessário respeitar o desenvolvimento e a maturidade dele, para após, com muita cautela, começar a trabalhar situações que podem gerar um pouco de stress e conflito. Para uma melhor compreensão sobre cães de trabalho se faz necessário um conhecimento prévio acerca da evolução e origem da raça a ser escolhida para determinada função. É necessário compreender como a estrutura de comportamento daquela determinada raça e daquele determinado individuo canino, pode ser entendida, pelo menos em principio, como resultado da pressão seletiva exercida por sua função de sobrevivência especifica e como esses padrões comportamentais se transmitiram hereditariamente ao longo da evolução. Se faz necessário levar em consideração a influência da domesticação nos cães de trabalho e como alguns criadores enxergam isso em detrimento de um mercado crescente na procura por cães. Que parâmetros o criador de cães se baseia quando ele decide cruzar a sua prole? Ele se interessa em preservar os instintos inatos da raça, ou ele prefere abafar esses instintos por conta de objetivos mais estéticos e para facilitar a venda? Essas reflexões são necessárias, pois não são todas as pessoas que têm experiência para lidar com um cão de linhagem de trabalho em sua residência. Como vocês podem ver, a escolha de um cão para executar determinado trabalho não é simples, requer muita leitura do cão, conhecimento sobre a árvore genealógica desse cão, conhecimento sobre as teorias comportamentais, conhecimento sobre a história da raça em questão e como foi a introdução dela no Brasil, ter clareza da função que esse cão irá exercer, conhecimento sobre genética, conhecimento sobre os testes que serão empregados nos filhotes e leitura correta das situações que ocorrem nos testes, etc. Enfim, especificamente sobre cães de trabalho, cabe o carinho e a atenção de um artigo, mais especifico, no entanto eu considero importante essa breve introdução ao leitor sobre o assunto, assim como também considero importante que o olhar e o afeto sobre o cão de trabalho deve ser totalmente diferente do olhar e afeto de um cão de companhia. É muito difícil para nós fazermos essa distinção, mas ela é extremamente necessária se quisermos treinar um cão para um trabalho.
A seguir, alguns fatos interessantes e tristes sobre os cães de guerra.
Os cães não são somente animais de companhia, foram e continuam sendo utilizados pelos exércitos nos campos de batalha. O exército romano utilizava cães do tipo Mastim Napolitano e Mastiffs para incendiar as barracas dos inimigos. Condicionavam esses cães a se alimentarem somente ao lado das barracas, praticamente encostados nela. Após esse condicionamento, os cães eram revestidos por uma “roupa” de couro onde em cima dela havia um artefato de bronze com fogo em cima. Famintos e soltos no campo do inimigo, ao procurarem a comida, encostavam no revestimento da barraca e consequentemente a incendiavam. O exército alemão na segunda guerra - mundial fez algo “similar”, condicionaram os Pastores Alemães a se alimentarem somente embaixo dos tanques de guerra. O objetivo disso era atacar os tanques inimigos, como? Na batalha, os cães eram carregados de dinamites, quando soltos eles corriam embaixo dos tanques inimigos em busca de alimento, mas para a surpresa deles e espanto, explodiam junto com o tanque. A União Soviética não fez diferente, utilizou 40.000 cães “suicidas”, armados com bombas para conter o avanço da divisão Panzer alemã. Na 1ª Guerra Mundial foram utilizados 400.000 Pastores Alemães. A Alemanha os incorporava desde 1883 possuindo cerca de 6.000 no início da guerra Os conquistadores usaram cães no aniquilamento dos impérios Inca e Asteca. Na guerra do Vietnã os norte americanos utilizaram os cães para indicar emboscadas treinando a audição desses cães a discriminar ruídos como o engatilhar de uma arma por exemplo. As Forças Armadas Americanas classificaram como “heróis anônimos” os 281 cães mortos na Guerra do Vietnã. Atualmente, o Exército tem 500 deles, muitos no Iraque onde mais de 130 mil soldados são ajudados por cães conhecidos como MWD (Military Working Dog), treinados para detectar explosivos. Até a segunda guerra mundial os Estados Unidos não tinham cães de guerra, porém durante a guerra começaram a receber os cães pastores e então desenvolveram centros especiais de treinamento militar para cães, denominado K9, chegando a instruir durante o conflito cerca de 15.000 cães que participaram de batalhas na Europa e até mesmo na África. A Inglaterra possuía dois adestradores por batalhão e uma escola especial para treinamento de cães para detecção de minas. Na Itália os cães se destacaram, como para-quedistas.
Esses foram alguns exemplos de funções utilizadas em cães de guerra. Espero que após os leitores terem lido esse artigo, a visão que se tem sobre os cães de trabalho mude um pouco. Tanto no que diz respeito da escolha desse cão, como na função que ele irá exercer.
A seguir, alguns fatos interessantes e tristes sobre os cães de guerra.
Os cães não são somente animais de companhia, foram e continuam sendo utilizados pelos exércitos nos campos de batalha. O exército romano utilizava cães do tipo Mastim Napolitano e Mastiffs para incendiar as barracas dos inimigos. Condicionavam esses cães a se alimentarem somente ao lado das barracas, praticamente encostados nela. Após esse condicionamento, os cães eram revestidos por uma “roupa” de couro onde em cima dela havia um artefato de bronze com fogo em cima. Famintos e soltos no campo do inimigo, ao procurarem a comida, encostavam no revestimento da barraca e consequentemente a incendiavam. O exército alemão na segunda guerra - mundial fez algo “similar”, condicionaram os Pastores Alemães a se alimentarem somente embaixo dos tanques de guerra. O objetivo disso era atacar os tanques inimigos, como? Na batalha, os cães eram carregados de dinamites, quando soltos eles corriam embaixo dos tanques inimigos em busca de alimento, mas para a surpresa deles e espanto, explodiam junto com o tanque. A União Soviética não fez diferente, utilizou 40.000 cães “suicidas”, armados com bombas para conter o avanço da divisão Panzer alemã. Na 1ª Guerra Mundial foram utilizados 400.000 Pastores Alemães. A Alemanha os incorporava desde 1883 possuindo cerca de 6.000 no início da guerra Os conquistadores usaram cães no aniquilamento dos impérios Inca e Asteca. Na guerra do Vietnã os norte americanos utilizaram os cães para indicar emboscadas treinando a audição desses cães a discriminar ruídos como o engatilhar de uma arma por exemplo. As Forças Armadas Americanas classificaram como “heróis anônimos” os 281 cães mortos na Guerra do Vietnã. Atualmente, o Exército tem 500 deles, muitos no Iraque onde mais de 130 mil soldados são ajudados por cães conhecidos como MWD (Military Working Dog), treinados para detectar explosivos. Até a segunda guerra mundial os Estados Unidos não tinham cães de guerra, porém durante a guerra começaram a receber os cães pastores e então desenvolveram centros especiais de treinamento militar para cães, denominado K9, chegando a instruir durante o conflito cerca de 15.000 cães que participaram de batalhas na Europa e até mesmo na África. A Inglaterra possuía dois adestradores por batalhão e uma escola especial para treinamento de cães para detecção de minas. Na Itália os cães se destacaram, como para-quedistas.
Esses foram alguns exemplos de funções utilizadas em cães de guerra. Espero que após os leitores terem lido esse artigo, a visão que se tem sobre os cães de trabalho mude um pouco. Tanto no que diz respeito da escolha desse cão, como na função que ele irá exercer.
Abraço
Ivan Chitolina
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