Imaginem a situação,
você colocando uma pilha para recarregar e esquecer-se dela. Se o aparelho de recarga não tivesse um sistema de segurança ele automaticamente explodiria.Talvez vocês estejam se perguntando, o que essa situação tem a ver com a relação que estabelecemos com os nossos cães.
Quando o cão chega a sua nova casa, ainda filhotinho os primeiros meses são alegres, radiantes, a família muda, se reúne e ganha uma vida nova, todos estão felizes e dispostos a colaborar no manejo do novo cãozinho e todas as “travessuras” são muito bem aceitas por todos. Passado alguns meses, as pessoas se voltam para o seu mundo e o cão aos poucos vai se revelando. Destrói plantas, rói móveis, estofados e tapetes, late e pula nas pessoas, cava o jardim, etc.O que é importante é que olhemos para nossos cães da mesma forma que o recarregador de pilhas, que poderá “explodir” se você não der a devida atenção a ele. A diferença é que essa “explosão” pode se tornar destrutiva, hiperativa, agressiva, obsessiva (que late demais, que pula demais, que persegue o próprio rabo, que destrói o jardim), etc.O cão não se torna destrutivo porque quer, ele simplesmente buscou meios de transferir seu excesso de energia em comportamentos atípicos ou em destruição de objetos. Esse cão está com acúmulo demais de energia, e o que ele mais precisa é de um líder que o direcione e de passeios diários. Sim, ele necessita queimar o excesso de energia.Além disto, é importante entendermos que cada personalidade e raça canina têm o seu acumulo de energia diário e que somente o passeio não irá resolver todos os problemas, porém é garantido que diminui e muito, vários conflitos.Portanto, passeie com o seu cão, deixe-o cansado, cachorro cansado é sinal de cão feliz. Lembre-se que caminhar com seu cão também faz bem a sua saúde, combate o sedentarismo, diminui as chances de você ter um ataque cardíaco, combate o stress, etc. Enfim, está cientificamente comprovado que os animais de estimação contribuem para que os seres humanos tenham uma vida mais saudável e duradoura. Logicamente, o passeio se feito com a liderança do dono é bem melhor, tanto para o dono quanto para o cão. Contudo, se não houver liderança e o cão não apresentar riscos a terceiros, saia passear mesmo assim. Só não esqueça de levar o saquinho plástico. Para aqueles que adquiriram um cão, mas acabam não tendo tempo para passear, lembre-se que existe hoje no mercado os passeadores de cães (Dogwalker), onde o foco do serviço está em levar o seu cão gastar a energia sempre com a liderança do condutor.
Dessa forma, com tempo ou sem tempo só dependerá de você em deixar o seu cão “explodir” ou não. A escolha é de cada um. Um ótimo mês a todos.
Ivan Chitolina – Educador Canino e graduando em psicologia pela UNIMEP
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